Neste mundo de relações interpessoais mais ou menos intensas, a “palavra” é de capital importância. Usamo-la de muitas formas: falamos, orientamos, rezamos... Ela pode ser “bendita” - bem dita - , ou “maldita” - mal dita - . O próprio Inácio de Loyola, depois de sua conversão, notava que as palavras que ouvia ou dizia tinham, muitas vezes, uma magia intrigante, sedutora e tocava o coração quando eram bem ditas.
Vivemos inundados pelas palavras. Muitas delas inúteis e vazias. Não é fácil encontrar palavras significativas e que tragam sentido à vida. Nossas palavras, geralmente, fazem muito ruído e produzem pouco fruto. As palavras humanas têm a força e a debilidade de quem as pronuncia.
Deus também fala, e a Bíblia é testemunha dessas palavras. A Palavra de Deus tem a força de Deus.
Palavras humanas, palavras divinas... Umas são vento, outras evento, pois sempre realizam o que dizem. Deus não fala em vão. Suas palavras são como sementes carregadas de vida, por isso não só devem ser escutadas, mas também acolhidas e vividas. Quem assim viver, transforma-se e cresce.
O candidato à Companhia de Jesus é fundamentalmente um “ouvinte” da palavra interior de Deus, escutada mais com o coração que com os ouvidos. Deus fala, inquieta, propõe, chama e espera sempre uma resposta.
Sem ouvir nem entender a “palavra interior” de Deus, os jovens nunca se colocarão no caminho nem tomarão decisões importantes e significativas em sua vida.
Hoje, dia de todos os Santos e Bem-aventurados da Companhia,
rezamos para que muitos jovens ouçam e respondam com generosidade à Palavra de Deus.