Em 1989 foram assassinados, por um pelotão das Forças Armadas de El Salvador, sob as ordens do coronel René Ponce (vergonha nacional!), e dentro da Universidade Centro-americana (UCA), 6 padres jesuítas e duas funcionárias Elba Ramos e sua filha Celina Ramos. Seus nomes não podem ser esquecidos:

* Padre Inácio Ellacuría sj: Reitor da Universidade. Um verdadeiro intelectual a serviço dos mais pobres. Ele fazia uma “filosofia da libertação”.
* Padre Ignácio Martín-Baró sj: Vice-reitor acadêmico. Professor de Psicologia. Psicologia a serviço da libertação das pessoas.
* Padre Segundo Montes sj: Diretor do Instituo de Direitos Humanos da UCA.
* Pe. Juan Ramón Moreno sj: Diretor da Biblioteca de teologia.
* Pe. Armando López sj: Professor de filosofia.
* Pe. Joaquin López y López sj: Fundador da Universidade Católica.

Jesuítas e colaboradores trabalhando e morrendo juntos, barbaramente assassinados dentro do Campus Universitário. Pessoas ignorantes e fundamentalistas quiseram silenciar e acabar violentamente com a inteligência e a bondade dos outros.

Para os militares salvadorenhos esta comunidade de jesuítas era "perigosa", pois mantinha contatos acadêmicos, mas também com as populações marginalizadas e empobrecidas da capital.

Este massacre causou uma onda de indignação no mundo todo e serviu para acabar com a a burrice da ditadura militar desse país. Em 2009 o Presidente civil salvadorenho Carlos Cartagena os condecorou com a Orden José Matías Delgado, de modo póstumo, A justiça nunca pode ser refém da política.

O sangue dos mártires é semente de novos cristãos!

A nossa hierarquia "eclesial" ainda não sabe lidar muito bem com pessoas desse quilate. No início silenciaram, depois calaram, e quando falaram não disseram nada... Ainda esperamos que esses mártires da UCA sejam declarados santos.

E oxalá a nossa bendita Companhia de Jesus não tenha medo de lutar sempre com palavras e obras pela fé e a justiça nas nossas cidades...