Pentecostes...
A ação do Espírito Santo é como o coração que nunca pode falhar sem comprometer todo o organismo. No entanto, no dia-a-dia nem pensamos nele, apesar de ele estar trabalhando o tempo todo. Quando falha, apavoramo-nos e recorremos a uma clínica cardiológica.
O mesmo acontece com o Espírito Santo. A Igreja Oriental cultivou muito a reflexão sobre a pessoa e presença do Espírito nos fiéis e no corpo eclesial. Por razões históricas, a Igreja do Ocidente centrou-se mais na Eucaristia, na devoção a Maria e na relevância do magistério. Estas três realidades, também importantes da fé, só encontram sua intelecção à luz da ação do Espírito Santo. Na Missa o Espírito Santo é invocado no momento da consagração. A fecundidade virginal de Maria é atribuída ao Espírito Santo. E o Magistério não se entende sem o Espírito Santo.
Hoje perpassa, na Sociedade e na Igreja um surto carismático e, como toda realidade humana padece de ambiguidade. Cabe-nos discernir.
A primavera eclesial que vivemos com o Papa Francisco é obra do mesmo Espírito. A palavra hebraica para ele é "Ruah", uma palavra feminina.
O Espírito Santo nos embala maternalmente e acompanha amorosamente a Igreja.
Vinde Espírito Santo e une o que está dividido.