JESUS É AQUELE QUE VÊ E FAZ VER... (cf. Pe. A. Palaoro SJ)
“Vai lavar-te na piscina de Siloé. O cego foi, lavou-se e voltou enxergando...” (Jo 9,7)
Jesus afasta-se do Templo, fugindo dos fariseus que queriam apedrejá-lo por ter dito: “Eu sou a luz do mundo”. Ele vai repetir isso e demonstrá-lo com atos, dando ao cego a capacidade da visão.
Não conhecemos o nome deste cego; é um mendigo, cego de nascimento e pede esmola nas proximidades do Templo. Não tem experiência da luz, não a conhece, nunca a viu. Estava sentado, não podia caminhar nem orientar-se por si mesmo. Sua vida transcorria nas trevas.
Era sábado. Jesus não leva em conta essa circunstância na hora de fazer o bem. Jesus vai ativar no cego a mobilidade e a independência dando-lhe a visão. É como uma nova criação!
Jesus não consulta ao cego se ele quer ficar curado, pois sendo cego de nascimento não tem experiência da luz, e não a pode deseja-la de maneira especial.
A cura não acontece automaticamente. Jesus não lhe tira a liberdade: oferece-lhe a oportunidade e coloca diante dos seus olhos o projeto de Deus sobre o ser humano. A decisão de recuperar a vista fica nas mãos do cego: ele precisa ir à piscina de Siloé, caminhar livremente, sair do seu lugar de conforto, e lavar-se na piscina.
João usa dois verbos para indicar a aplicação do barro nos olhos:‘untar, ungir’ tem relação com o título de Jesus “Messias” (que significa o “ungido”). O cego é agora um “ungido”, como Jesus. O homem ferido na sua cegueira foi transformado pelo Espírito.
A reação das pessoas (parentes, vizinhos...) manifesta a novidade que o Espírito realiza. Sendo o mesmo, é outro. O que era cego revela a nova identidade de homem reconstruí-do pelo Espírito: ele agora é um ungido, encontrou-se a si mesmo – “Ele afirmava: sou eu”.
Ao “ungir-lhe os olhos”, Jesus convida o cego a ser uma nova criatura “acabada, reconstruída, restaurada...” Os outros personagens continuam em sua cegueira: fariseus, conterrâneos, pais…
Há uma grande diferença entre o cego no início da cena, e o homem livre depois da cura. Ele utilize as mesmas palavras que Jesus utilizava para identificar-se: “Sou eu”.
Sua vida, escondida e dependente, está agora cheia de sentido. Perde o medo e começa a ser ele mesmo, mesmo diante dos outros.
Quem é Jesus? Jesus é Aquele que vê. Onde os discípulos viam um pecador, Jesus vê um ser humano. Jesus vê e faz ver. Ele é a LUZ do mundo.
Precisamos purificar o nosso olhar, cristificá-lo; olhar limpo, diáfano, gratuito e desinteressado, que destrava e expande a vida do outro numa nova direção.
Todos nós precisamos ser curados da nossa cegueira e começar a olhar os outros com mais amor.
Jesus afasta-se do Templo, fugindo dos fariseus que queriam apedrejá-lo por ter dito: “Eu sou a luz do mundo”. Ele vai repetir isso e demonstrá-lo com atos, dando ao cego a capacidade da visão.
Não conhecemos o nome deste cego; é um mendigo, cego de nascimento e pede esmola nas proximidades do Templo. Não tem experiência da luz, não a conhece, nunca a viu. Estava sentado, não podia caminhar nem orientar-se por si mesmo. Sua vida transcorria nas trevas.
Era sábado. Jesus não leva em conta essa circunstância na hora de fazer o bem. Jesus vai ativar no cego a mobilidade e a independência dando-lhe a visão. É como uma nova criação!
Jesus não consulta ao cego se ele quer ficar curado, pois sendo cego de nascimento não tem experiência da luz, e não a pode deseja-la de maneira especial.
A cura não acontece automaticamente. Jesus não lhe tira a liberdade: oferece-lhe a oportunidade e coloca diante dos seus olhos o projeto de Deus sobre o ser humano. A decisão de recuperar a vista fica nas mãos do cego: ele precisa ir à piscina de Siloé, caminhar livremente, sair do seu lugar de conforto, e lavar-se na piscina.
João usa dois verbos para indicar a aplicação do barro nos olhos:‘untar, ungir’ tem relação com o título de Jesus “Messias” (que significa o “ungido”). O cego é agora um “ungido”, como Jesus. O homem ferido na sua cegueira foi transformado pelo Espírito.
A reação das pessoas (parentes, vizinhos...) manifesta a novidade que o Espírito realiza. Sendo o mesmo, é outro. O que era cego revela a nova identidade de homem reconstruí-do pelo Espírito: ele agora é um ungido, encontrou-se a si mesmo – “Ele afirmava: sou eu”.
Ao “ungir-lhe os olhos”, Jesus convida o cego a ser uma nova criatura “acabada, reconstruída, restaurada...” Os outros personagens continuam em sua cegueira: fariseus, conterrâneos, pais…
Há uma grande diferença entre o cego no início da cena, e o homem livre depois da cura. Ele utilize as mesmas palavras que Jesus utilizava para identificar-se: “Sou eu”.
Sua vida, escondida e dependente, está agora cheia de sentido. Perde o medo e começa a ser ele mesmo, mesmo diante dos outros.
Quem é Jesus? Jesus é Aquele que vê. Onde os discípulos viam um pecador, Jesus vê um ser humano. Jesus vê e faz ver. Ele é a LUZ do mundo.
Precisamos purificar o nosso olhar, cristificá-lo; olhar limpo, diáfano, gratuito e desinteressado, que destrava e expande a vida do outro numa nova direção.
Todos nós precisamos ser curados da nossa cegueira e começar a olhar os outros com mais amor.