João, o batizador...

É preciso que Ele cresça e que eu diminua... (Jo 3,20). Eis um bom programa de vida. Ser pessoa, ser gente e buscar relacionamentos humanos, onde o próximo seja o mais importante. Primeiro JESUS, depois o outro, em terceiro lugar eu... dizia-me um jovem de uma comunidade de base.

Ninguém chega a essa opção sem um caminho evangélico a ser percorrido. Nossas opções sempre têm um antes e um depois. As consequências não podem ser imprevisíveis! Existem opções condicionadas que não amadurecem nem constroem e, quando concretizadas, deixam um gosto de desgosto. Outras, pelo contrário, gratificam o próprio coração e o de todos.

A mãe de João era uma mulher religiosa. Isabel e Zacarias levavam uma vida irrepreensível e obedeciam a Deus em tudo (Lc 1,6). Pertenciam a uma classe social elevada e, como costuma acontecer, Zacarias não acreditava muito que Deus pudesse realizar coisas diferentes na sua vida. Isabel carregava silenciosamente uma cruz: era estéril e, nesse acontecer, ambos já eram idosos...

Mas, para Deus nada é impossível. Isabel terá um filho: Será um grande homem diante de Deus e cheio do Espírito Santo, dizia-lhes uma voz interior. Todos temos esta dupla missão: ser para Deus e para os outros, mas nem todos a cumprimos. João será fiel a essa sua vocação!

No meio dessa família tradicionalmente religiosa, mas sem grande abertura para o poder do Senhor, João nasce e cresce com um sentimento religioso profundo. Já no seio de sua mãe, pula de alegria ao escutar a voz de Maria. E na hora do parto, todos se perguntavam sobre o futuro do filho de Isabel: O que será deste menino?... E o menino cresceu e ficou forte no corpo e no espírito.

Anos mais tarde, João abandonará sua casa e irá ao deserto, para purificar sua afetividade e se encantar com Deus. Alguns exegetas dizem que ele virou essênio, numa comunidade ao lado do mar Morto. Lá teria passado sua juventude, até que um dia saiu a pregar... Sua palavra era austera e forte, como sua crença. E nos lugares por onde os viajantes passavam, nos vaus do rio Jordão, inicia sua pregação. E sempre convidava todos à conversão.

João foi um arauto de Deus. Quando o povo lhe perguntava: Que devemos fazer?... ele prontamente respondia: Quem tiver duas camisas deve dar uma a quem não tem. E quem tiver comida deve repartir com aquele que não tem... Esta nova pregação aumentava as esperanças do povo, mas para outros elas diminuiam, pois eram chamados de jararacas e cobras venenosas. Muitos se empolgavam com esta pregação! E lhe perguntavam: Quem é você?... E João, com voz de trovão, respondia: Eu vim para que ele, Jesus, seja conhecido!

João Batista mostrava Jesus aos seus melhores discípulos: Eis o homem de Deus! E eles, imediatamente, seguiam a Jesus... Este homem colocou seus melhores discípulos no seguimento de Jesus.

O rei Herodes admirava João, mas este não se deixava seduzir pelo poder real e acusou publicamente os delitos do rei: É proibido ficar com a mulher do seu irmão! Herodes mandou calar a boca deste profeta, cortando-lhe a cabeça.

Jesus fez o melhor elogio de João: Jamais surgiu, entre os nascidos de mulher, alguém maior do que ele!

João respondeu ao chamado de Deus deixando de lado muitas veleidades. O mundo precisa de outras pessoas assim!

Uma pergunta: O que Deus quer de você?
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