SÃO JOSÉ LUIS SANCHEZ DEL RÍO (1913- 1928)... (Marta A. Vieira)
“Estou pronto para ser imolado...” (2 Tm 4, 6)
A revolução mexicana, ou Guerra Cristera, ocorrida no México, é uma re
alidade desconhecida por muitos. Este conflito foi deflagrado pela legislação anticlerical promulgada em 1926, e pela feroz perseguição contra a Igreja Católica promovida pelo então presidente Plutarco Elías Calles.
A legislação anticlerical proibiu as ordens religiosas, suprimiu a Companhia de Jesus e seus colégios, impôs a deportação e o encarceramento dos bispos ou sacerdotes que protestassem. A Igreja foi privada dos direitos de propriedade e negaram liberdade civil aos sacerdotes, incluindo o direito a um julgamento com um jurado e o direito a voto.
Pior: os laicistas da Reforma concederam liberdade para todos os cultos, exceto o católico, submetido ao violento controle do Estado.
Pio XI publicou na encíclica “Iniquis afflictisque” as agressões sofridas pela Igreja no México: “Já quase não resta liberdade alguma à Igreja [no México], e o exercício do ministério sagrado se vê de tal maneira impedido que é castigado, como se fosse um delito capital, com penas severíssimas...”.
De nenhum modo, porém, a Igreja Mexicana acovardou-se diante da persegui-ção. Pelo contrário: A Liga Nacional Defensora de la Libertad Religiosa, for-mada de corajosos católicos, espalhou-se por todo o país, opondo aos adversários uma frente destemida, de impressionante solidez. E quando era mais feroz a perseguição, inúmeros heróis se ofereciam ao martírio e morriam gritando “Viva Cristo Rei!”
Um desses mártires, sacrificado cruelmente por defender sua fé, era ape-nas um adolescente... Chamava-se JOSÉ LUIS SANCHES DEL RIO. Nasceu em Michoacán. Estudou em seu povoado natal e fazia parte da Associação Católica da Juventude Mexicana.
Quando a Guerra Cristera explodiu, seus irmãos alistaram-se na Liga Defensora da Libertad Religiosa, mas sua mãe não permitiu que ele o fizesse, por sua tenra idade. O próprio general que comandava a força de resistência (Prudencio Mendoza) também não achava oportuno o alistamento daquela criança. Mas José Luis insistiu. Dizia: “Também quero ter a oportunidade de dar a vida por Cristo, de chegar ao céu!” E tamanha foi a insistência que conseguiu a autorização de sua mãe.
Numa luta fortíssima no dia 6/FEV/1928, o cavalo do dito general foi mor-to. Nosso pequeno herói, então, teve o gesto que o levaria à prisão: Imediata-mente desmontou de seu cavalo e o ofereceu ao general, dizendo: “Aqui está meu cavalo, meu general. Monte. Salve-se. O senhor faz falta na luta. Eu não faço...”
O general conseguiu fugir, mas José Luis foi preso e encarcerado num ca-labouço medonho, fedorento. Nossa criança ali aguardava a morte firme, va-lente, inabalável. Tão íntegro que os inimigos chegaram a dizer-lhe: “És valente, menino! Vem conosco, que será melhor para ti do que estar com esses cristeros!” E nossa criança respondeu, apenas: “Antes morto. Fuzilem-me!”
Chegou o dia fatal. Às 10 horas da noite o tiraram do calabouço e, com a faca, cortaram-lhe e arrancaram-lhe a pele dos pés. E o puseram a andar a pé até o cemitério. Achavam que, com aquele tormento terrível ele negaria a fé, mas não foi o que aconteceu: fez o caminho dando vivas a Cristo Rei e a Nossa Senhora de Guadalupe a cada passo. No cemitério, perguntou qual era a sua sepultura, e até lá andou, colocando-se à beira da cova. Uma vez lá colocado, os guardas lançaram-se sobre ele, apunhalando-o. A cada punhalada, nosso menino glorificava Cristo rei e Nossa Senhora de Guadalupe.
O capitão-chefe da escolta, mais por crueldade, perguntou-lhe, a certa altura da tortura, o que deveria dizer a seus pais. José Luis respondeu: “Que nos veremos no céu! Viva Cristo Rei! Viva Nossa Senhora de Guadalupe!” O capitão disparou contra sua cabeça. Tinha 14 anos de idade.
Seu corpo incorrupto repousa no templo paroquial de Santiago Apostol, en Sahuayo, Michoacán.
SAO JOSE LUIS SANCHES DEL RÍO foi canonizado no dia 16/OUT/2016, pelo Papa Francisco.
Roga por nós, menino de Deus!
A revolução mexicana, ou Guerra Cristera, ocorrida no México, é uma re
A legislação anticlerical proibiu as ordens religiosas, suprimiu a Companhia de Jesus e seus colégios, impôs a deportação e o encarceramento dos bispos ou sacerdotes que protestassem. A Igreja foi privada dos direitos de propriedade e negaram liberdade civil aos sacerdotes, incluindo o direito a um julgamento com um jurado e o direito a voto.
Pior: os laicistas da Reforma concederam liberdade para todos os cultos, exceto o católico, submetido ao violento controle do Estado.
Pio XI publicou na encíclica “Iniquis afflictisque” as agressões sofridas pela Igreja no México: “Já quase não resta liberdade alguma à Igreja [no México], e o exercício do ministério sagrado se vê de tal maneira impedido que é castigado, como se fosse um delito capital, com penas severíssimas...”.
De nenhum modo, porém, a Igreja Mexicana acovardou-se diante da persegui-ção. Pelo contrário: A Liga Nacional Defensora de la Libertad Religiosa, for-mada de corajosos católicos, espalhou-se por todo o país, opondo aos adversários uma frente destemida, de impressionante solidez. E quando era mais feroz a perseguição, inúmeros heróis se ofereciam ao martírio e morriam gritando “Viva Cristo Rei!”
Um desses mártires, sacrificado cruelmente por defender sua fé, era ape-nas um adolescente... Chamava-se JOSÉ LUIS SANCHES DEL RIO. Nasceu em Michoacán. Estudou em seu povoado natal e fazia parte da Associação Católica da Juventude Mexicana.
Quando a Guerra Cristera explodiu, seus irmãos alistaram-se na Liga Defensora da Libertad Religiosa, mas sua mãe não permitiu que ele o fizesse, por sua tenra idade. O próprio general que comandava a força de resistência (Prudencio Mendoza) também não achava oportuno o alistamento daquela criança. Mas José Luis insistiu. Dizia: “Também quero ter a oportunidade de dar a vida por Cristo, de chegar ao céu!” E tamanha foi a insistência que conseguiu a autorização de sua mãe.
Numa luta fortíssima no dia 6/FEV/1928, o cavalo do dito general foi mor-to. Nosso pequeno herói, então, teve o gesto que o levaria à prisão: Imediata-mente desmontou de seu cavalo e o ofereceu ao general, dizendo: “Aqui está meu cavalo, meu general. Monte. Salve-se. O senhor faz falta na luta. Eu não faço...”
O general conseguiu fugir, mas José Luis foi preso e encarcerado num ca-labouço medonho, fedorento. Nossa criança ali aguardava a morte firme, va-lente, inabalável. Tão íntegro que os inimigos chegaram a dizer-lhe: “És valente, menino! Vem conosco, que será melhor para ti do que estar com esses cristeros!” E nossa criança respondeu, apenas: “Antes morto. Fuzilem-me!”
Chegou o dia fatal. Às 10 horas da noite o tiraram do calabouço e, com a faca, cortaram-lhe e arrancaram-lhe a pele dos pés. E o puseram a andar a pé até o cemitério. Achavam que, com aquele tormento terrível ele negaria a fé, mas não foi o que aconteceu: fez o caminho dando vivas a Cristo Rei e a Nossa Senhora de Guadalupe a cada passo. No cemitério, perguntou qual era a sua sepultura, e até lá andou, colocando-se à beira da cova. Uma vez lá colocado, os guardas lançaram-se sobre ele, apunhalando-o. A cada punhalada, nosso menino glorificava Cristo rei e Nossa Senhora de Guadalupe.
O capitão-chefe da escolta, mais por crueldade, perguntou-lhe, a certa altura da tortura, o que deveria dizer a seus pais. José Luis respondeu: “Que nos veremos no céu! Viva Cristo Rei! Viva Nossa Senhora de Guadalupe!” O capitão disparou contra sua cabeça. Tinha 14 anos de idade.
Seu corpo incorrupto repousa no templo paroquial de Santiago Apostol, en Sahuayo, Michoacán.
SAO JOSE LUIS SANCHES DEL RÍO foi canonizado no dia 16/OUT/2016, pelo Papa Francisco.
Roga por nós, menino de Deus!