PENTECOSTES DA MISERICÓRDIA... (cf. Pe. A. Palaoro SJ)
“...soprou sobre eles e disse: ‘Recebei o Espírito Santo...” (Jo 20, 22)
O Pentecostes pretende ativar em nós a plenitude da vida. Esse dia plenifica em nós tudo o que ainda se revela limitado e frágil. Pentecostes recorda e celebra a promessa de que fomos libertados verdadeiramente pelo Espírito do Ressuscitado.
Neste mundo tão complexo precisamos urgentemente de um novo Pentecostes. Precisamos abrir-nos a esse Fogo e a esse Vento do Espírito que, às vezes, parece estar soprando em vão, por estar trancados em nossos “cenáculos” e não abrir as portas para arejar sentimentos. Pentecostes é deixar-se transformar pelo Espírito, sacudindo nossas comodidades e medos.
É significativo que a abertura do Jubileu da Misericórdia tenha começado com o destravamento das portas das igrejas em todo o mundo.
O Deus de Misericórdia não é o Deus das portas fechadas; é o Deus das portas sempre abertas a todos, e que a partir de seu coração misericordioso, sempre está disponível a receber-nos. Um Deus que acolhe a todos e que nos diz a cada dia: “Passai por aqui, a porta está sempre aberta...”.
Só o amor misericordioso de Deus reconstrói por dentro, destrava o coração e nos move em direção a horizontes maiores de busca, responsabilidade e compromisso.
Pentecostes vem nos revelar que a Misericórdia é a primeira e a única verdade da Igreja, de todas as suas doutrinas, cânones e ritos. É o critério de juízo de todas as religiões.
Pentecostes da Misericórdia põe em movimento os grandes dinamismos de nossa vida; debaixo do modo paralisado e petrificado de viver, existe uma possibilidade de vida nova nunca ativada.
A misericórdia é a luz e a chave de nossa vida tão preciosa e frágil, de nosso pequeno planeta tão vulnerável, do universo imenso e interrelacionado e do qual fazemos parte.
Tal experiência provoca um movimento que rompe fronteiras e barreiras. Assim, o Espírito faz superar o fundamentalismo, a hipocrisia, a apatia e o medo. Não há nada de mágico. O Espírito age de modo silencioso, mas com extraordinária eficácia: a sua força se mostra irresistível. O seu sopro, penetrando em nossos corpos, nos recoloca de pé e nos faz, finalmente, viver como ressuscitados.
No Evangelho de hoje, o Ressuscitado comunica seu próprio Espírito. A imagem de “soprar sobre eles” significa que Jesus compartilhou com os seus discípulos o que é mais “vital”, sua própria “respiração”, seu desejo profundo, sua criatividade, fazendo-os partícipes de seu próprio Dinamismo e impulso vital, do mesmo Espírito que O conduziu durante toda sua vida.
O sopro do Ressuscitado sobre os seus discípulos nos remete ao sopro de Deus no Gênesis, sopro que dá a vida ao ser humano. O sopro de Cristo significa a Vida nova dada aos discípulos, pelo dom do Espírito Santo, indicando um novo Tempo, uma nova Criação e um novo Mundo.
Entretanto, uma coisa é essencial o perdão. “A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos” (Jo 20, 23). Somos mediadores do perdão divino.
O perdão é o primeiro dom do Espírito Santo. Sob o impulso do Espírito de Pentecostes, o perdão prepara o terreno para o novo, para colocar-nos em movimento. Entrar no movimento da Misericórdia nos humaniza e cristifica pois “O perdão das ofensas torna-se a expressão mais evidente do amor misericordioso e, para nós cristãos, é um imperativo de que não podemos prescindir. Tantas vezes, como parece difícil perdoar! E, no entanto, o perdão é o instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade do coração”. (Papa Francisco – Misericordiae Vultus, n.9)
Somos chamados a ser presença misericordiosa. O perdão é o mais divino dos atributos divinos, pois só Deus podia inventá-lo. Perdoar é ser semelhante a Deus. O perdão é divino em seus efeitos e em seu próprio processo de vida que desencadeia.
O perdão é um estilo de vida, é uma disposição permanente. O perdão não é o que a pessoa faz, mas algo que a pessoa é.
Neste mundo tão complexo precisamos urgentemente de um novo Pentecostes. Precisamos abrir-nos a esse Fogo e a esse Vento do Espírito que, às vezes, parece estar soprando em vão, por estar trancados em nossos “cenáculos” e não abrir as portas para arejar sentimentos. Pentecostes é deixar-se transformar pelo Espírito, sacudindo nossas comodidades e medos.
É significativo que a abertura do Jubileu da Misericórdia tenha começado com o destravamento das portas das igrejas em todo o mundo.
O Deus de Misericórdia não é o Deus das portas fechadas; é o Deus das portas sempre abertas a todos, e que a partir de seu coração misericordioso, sempre está disponível a receber-nos. Um Deus que acolhe a todos e que nos diz a cada dia: “Passai por aqui, a porta está sempre aberta...”.
Só o amor misericordioso de Deus reconstrói por dentro, destrava o coração e nos move em direção a horizontes maiores de busca, responsabilidade e compromisso.
Pentecostes vem nos revelar que a Misericórdia é a primeira e a única verdade da Igreja, de todas as suas doutrinas, cânones e ritos. É o critério de juízo de todas as religiões.
Pentecostes da Misericórdia põe em movimento os grandes dinamismos de nossa vida; debaixo do modo paralisado e petrificado de viver, existe uma possibilidade de vida nova nunca ativada.
A misericórdia é a luz e a chave de nossa vida tão preciosa e frágil, de nosso pequeno planeta tão vulnerável, do universo imenso e interrelacionado e do qual fazemos parte.
Tal experiência provoca um movimento que rompe fronteiras e barreiras. Assim, o Espírito faz superar o fundamentalismo, a hipocrisia, a apatia e o medo. Não há nada de mágico. O Espírito age de modo silencioso, mas com extraordinária eficácia: a sua força se mostra irresistível. O seu sopro, penetrando em nossos corpos, nos recoloca de pé e nos faz, finalmente, viver como ressuscitados.
No Evangelho de hoje, o Ressuscitado comunica seu próprio Espírito. A imagem de “soprar sobre eles” significa que Jesus compartilhou com os seus discípulos o que é mais “vital”, sua própria “respiração”, seu desejo profundo, sua criatividade, fazendo-os partícipes de seu próprio Dinamismo e impulso vital, do mesmo Espírito que O conduziu durante toda sua vida.
O sopro do Ressuscitado sobre os seus discípulos nos remete ao sopro de Deus no Gênesis, sopro que dá a vida ao ser humano. O sopro de Cristo significa a Vida nova dada aos discípulos, pelo dom do Espírito Santo, indicando um novo Tempo, uma nova Criação e um novo Mundo.
Entretanto, uma coisa é essencial o perdão. “A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos” (Jo 20, 23). Somos mediadores do perdão divino.
O perdão é o primeiro dom do Espírito Santo. Sob o impulso do Espírito de Pentecostes, o perdão prepara o terreno para o novo, para colocar-nos em movimento. Entrar no movimento da Misericórdia nos humaniza e cristifica pois “O perdão das ofensas torna-se a expressão mais evidente do amor misericordioso e, para nós cristãos, é um imperativo de que não podemos prescindir. Tantas vezes, como parece difícil perdoar! E, no entanto, o perdão é o instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade do coração”. (Papa Francisco – Misericordiae Vultus, n.9)
Somos chamados a ser presença misericordiosa. O perdão é o mais divino dos atributos divinos, pois só Deus podia inventá-lo. Perdoar é ser semelhante a Deus. O perdão é divino em seus efeitos e em seu próprio processo de vida que desencadeia.
O perdão é um estilo de vida, é uma disposição permanente. O perdão não é o que a pessoa faz, mas algo que a pessoa é.