23º DTC: ABRIR OS SENTIDOS PARA O ENCONTRO... (Pe. A. Palaoro SJ)
“Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galiléia... (Mc 7,31)
Imagem constante no evangelho de Marcos: Jesus é um itinerante; rompe espaços geográficos-culturais-religiosos e transita com muita liberdade pelo território pagão. Nesse deslocamento, trazem um surdo-mudo e pedem a Jesus que lhe imponha as mãos.
Parece lógico que alguém tivesse que atuar para conduzir o surdo-mudo até Jesus, e fosse “tocado”; aqui aparece a força do contato.
Sabemos pouco da riqueza de nosso contato. O contato cura. Nas enfermidades muitos buscam o contato. O contato nos envia sempre para dentro, e não é somente o contato da pele, mas o que põe em marcha para nosso interior. O contato nos faz despertar. Existe a idade da palavra, a do ouvido, a do olhar..., mas neste momento Jesus se detém no contato. O caminho do contato é o mais profundo nos encontros humanos. A mão é fonte e canal de energia curativa.
O Mestre separa o surdo-mudo da multidão e lhe confere uma atenção especial. É nesse encontro que a confiança cresce para que a boca e os ouvidos se abram.
O processo da cura do surdo-mudo é descrito em cinco passos: 1º Coloca os dedos nos ouvidos do surdo; 2º Toca a língua do mudo; 3º Eleva os olhos ao céu; 4º Suspira; 5º e ordena: “Efatá”, “abre-te”. Abre-te à tua identidade, e destrava o teu interior.
Jesus realiza uma série de gestos que demonstram proximidade: tocou o corpo do homem, olhou para o céu, exprimiu sua comunhão com o Pai, e suspirou como sinal de participação profunda no acontecimento.
Jesus destrava os sentidos do pobre homem excluído e o capacita para integrar-se na convivência social. Agora nada mais o limita.
Com todos os órgão e sentidos do seu corpo mobilizados, ele insere-se na comunidade que ouve a Deus e proclama que Ele é o único Senhor. Desaparecem as causas que lhe impediam optar com liberdade.
Nessa nobre missão de ajudar os outros a “dar à luz” o melhor deles mesmos, Jesus foi um sábio “parteiro”: ajudar para que a vida possa emergir como dom.
Jesus se dedica ao surdo-mudo de forma carinhosa, como uma mãe: Ele toca a língua do mudo com sua saliva.
É sugestiva a imagem de ser “parteiro da vida”, ou seja, saber favorecer o nascimento de cada um, em sua verdade mais profunda, em todas as suas possibilidades. Colaborar com Deus Pai/Mãe ajudando cada pessoa a ser o que pode e está chamada a ser.
“Ativar e expandir vida” foi a paixão que mobilizou todo o ministério de Jesus. Ele desejava que todos tivessem vida e vida em plenitude pondo mais amor onde havia maior necessidade.
“Efatá”: “abre-te”. O ser humano, mesmo sendo pura abertura e amplitude sem limites, tende a fechar-se. A palavra de Jesus é um convite firme a sair de qualquer identificação redutora: “abre-te”, não te mantenhas fechado na crença de uma identidade isolada.
O surdo-mudo necessitava abrir os ouvidos e soltar a língua, mas todos nós temos necessidade de abrir alguma outra dimensão bloqueada de nossa pessoa. Como nas “sete moradas” de S. Teresa D’Ávila, diferentes portas se sucedem. Cada porta aberta nos coloca diante de outra nova “porta”, que clama para ser também aberta.
E, nesse percurso interior, vamos tendo acesso a espaços cada vez mais originais e inspiradores, até chegar finalmente a nos reconhecer na Divina Morada, nossa verdadeira identidade.
Imagem constante no evangelho de Marcos: Jesus é um itinerante; rompe espaços geográficos-culturais-religiosos e transita com muita liberdade pelo território pagão. Nesse deslocamento, trazem um surdo-mudo e pedem a Jesus que lhe imponha as mãos.
Parece lógico que alguém tivesse que atuar para conduzir o surdo-mudo até Jesus, e fosse “tocado”; aqui aparece a força do contato.
Sabemos pouco da riqueza de nosso contato. O contato cura. Nas enfermidades muitos buscam o contato. O contato nos envia sempre para dentro, e não é somente o contato da pele, mas o que põe em marcha para nosso interior. O contato nos faz despertar. Existe a idade da palavra, a do ouvido, a do olhar..., mas neste momento Jesus se detém no contato. O caminho do contato é o mais profundo nos encontros humanos. A mão é fonte e canal de energia curativa.
O Mestre separa o surdo-mudo da multidão e lhe confere uma atenção especial. É nesse encontro que a confiança cresce para que a boca e os ouvidos se abram.
O processo da cura do surdo-mudo é descrito em cinco passos: 1º Coloca os dedos nos ouvidos do surdo; 2º Toca a língua do mudo; 3º Eleva os olhos ao céu; 4º Suspira; 5º e ordena: “Efatá”, “abre-te”. Abre-te à tua identidade, e destrava o teu interior.
Jesus realiza uma série de gestos que demonstram proximidade: tocou o corpo do homem, olhou para o céu, exprimiu sua comunhão com o Pai, e suspirou como sinal de participação profunda no acontecimento.
Jesus destrava os sentidos do pobre homem excluído e o capacita para integrar-se na convivência social. Agora nada mais o limita.
Com todos os órgão e sentidos do seu corpo mobilizados, ele insere-se na comunidade que ouve a Deus e proclama que Ele é o único Senhor. Desaparecem as causas que lhe impediam optar com liberdade.
Nessa nobre missão de ajudar os outros a “dar à luz” o melhor deles mesmos, Jesus foi um sábio “parteiro”: ajudar para que a vida possa emergir como dom.
Jesus se dedica ao surdo-mudo de forma carinhosa, como uma mãe: Ele toca a língua do mudo com sua saliva.
É sugestiva a imagem de ser “parteiro da vida”, ou seja, saber favorecer o nascimento de cada um, em sua verdade mais profunda, em todas as suas possibilidades. Colaborar com Deus Pai/Mãe ajudando cada pessoa a ser o que pode e está chamada a ser.
“Ativar e expandir vida” foi a paixão que mobilizou todo o ministério de Jesus. Ele desejava que todos tivessem vida e vida em plenitude pondo mais amor onde havia maior necessidade.
“Efatá”: “abre-te”. O ser humano, mesmo sendo pura abertura e amplitude sem limites, tende a fechar-se. A palavra de Jesus é um convite firme a sair de qualquer identificação redutora: “abre-te”, não te mantenhas fechado na crença de uma identidade isolada.
O surdo-mudo necessitava abrir os ouvidos e soltar a língua, mas todos nós temos necessidade de abrir alguma outra dimensão bloqueada de nossa pessoa. Como nas “sete moradas” de S. Teresa D’Ávila, diferentes portas se sucedem. Cada porta aberta nos coloca diante de outra nova “porta”, que clama para ser também aberta.
E, nesse percurso interior, vamos tendo acesso a espaços cada vez mais originais e inspiradores, até chegar finalmente a nos reconhecer na Divina Morada, nossa verdadeira identidade.