21º DTC: As palavras sempre rompem alguma coisa... (cf. P. A. Palaoro SJ)
“As palavras que vos falei são espírito e vida...” (Jo 6,63)
Estamos no final de Jo 6. Chega a hora do desenlace e a alternativa é clara: abrir-se à verdadeira Vida ou permanecer enredados numa vida atrofiada. No mundo de hoje “tomam-se mais decisões por não tomá-las (que já é uma decisão) do que por tomá-las”por acomodação, medo ou inércia.
As palavras de Jesus entraram em choque com a mentalidade vigente; era inadmissível uma mensagem tão exigente e libertadora. Suas palavras romperam mentalidades fechadas e modos arcaicos de viver.
Hoje corremos o risco de “adocicar” as palavras de Jesus. Com frequência transformamos Suas Palavras de Vidaem um conjunto de ritos, doutrinas e normas, para serem manipuladas segundo nossos critérios. Mas, a Palavra desestabiliza e questiona a normalidade doentia de nossa vida. “Palavra dura. Quem consegue escutá-la?”
Se queremos seguir Jesus, a única resposta deve ser um “sim” decidido e generoso. Desejamos abrir nossa vida à Palavra divina que sustenta e inspira. A “palavra dura” de Jesus, no evangelho deste domingo, leva-nos a uma tomada de consciência do lugar e do valor das palavras em nosso cotidiano.
Temos consciência do peso e da força que as palavras carregam? Vivemos saturados delas: falamos, escutamos, escrevemos, lemos... Palavras, palavras e mais palavras... E de tanto usá-las, elas acabam perdendo o sentido, e não nos damos conta do quanto elas significam.
Professamos que Jesus é a Palavra de Deus, Palavra sem a marca da falsidade ou do vazio; Palavra viva e autêntica, apaixonada pela humanidade. E eu, que palavra sou?
Por meio das palavras nos revelamos ou escondemos, mentimos ou amamos, ferimos ou curamos. Há palavras que expulsam o temor, suprimem a tristeza, infundem alegria, dilatam a compaixão. São palavras `bem-ditas´. Mas, por desgraça há também palavras `mal-ditas´.
A palavra é meio divino para o encontro com todo o humano, e é sinal humano para acariciar e sonhar o divino. Na palavra podemos chegar a ser tudo o que somos, ou podemos nos evaporar como o alento. Benditas as palavras que estendem pontes, encurtam distâncias e entrelaçam vidas! “As palavras que vos falei são Espírito e são vida”(Jo 6,63)
A Palavra se fez carne. Jesus movia e comovia com suas palavras cheias de vida. A Palavra nos toca e reconforta. Em tempos de “sociedade líquida”, nossa palavra corre o perigo de se evaporar. A volatilidade das palavras desemboca na debilidade da comunicação e da relação. O evangelho diz, com palavras muito simples, as coisas mais importantes e profundas.
Que nossas palavras sejam sempre vivas, e a serviço da vida!
Estamos no final de Jo 6. Chega a hora do desenlace e a alternativa é clara: abrir-se à verdadeira Vida ou permanecer enredados numa vida atrofiada. No mundo de hoje “tomam-se mais decisões por não tomá-las (que já é uma decisão) do que por tomá-las”por acomodação, medo ou inércia.
As palavras de Jesus entraram em choque com a mentalidade vigente; era inadmissível uma mensagem tão exigente e libertadora. Suas palavras romperam mentalidades fechadas e modos arcaicos de viver.
Hoje corremos o risco de “adocicar” as palavras de Jesus. Com frequência transformamos Suas Palavras de Vidaem um conjunto de ritos, doutrinas e normas, para serem manipuladas segundo nossos critérios. Mas, a Palavra desestabiliza e questiona a normalidade doentia de nossa vida. “Palavra dura. Quem consegue escutá-la?”
Se queremos seguir Jesus, a única resposta deve ser um “sim” decidido e generoso. Desejamos abrir nossa vida à Palavra divina que sustenta e inspira. A “palavra dura” de Jesus, no evangelho deste domingo, leva-nos a uma tomada de consciência do lugar e do valor das palavras em nosso cotidiano.
Temos consciência do peso e da força que as palavras carregam? Vivemos saturados delas: falamos, escutamos, escrevemos, lemos... Palavras, palavras e mais palavras... E de tanto usá-las, elas acabam perdendo o sentido, e não nos damos conta do quanto elas significam.
Professamos que Jesus é a Palavra de Deus, Palavra sem a marca da falsidade ou do vazio; Palavra viva e autêntica, apaixonada pela humanidade. E eu, que palavra sou?
Por meio das palavras nos revelamos ou escondemos, mentimos ou amamos, ferimos ou curamos. Há palavras que expulsam o temor, suprimem a tristeza, infundem alegria, dilatam a compaixão. São palavras `bem-ditas´. Mas, por desgraça há também palavras `mal-ditas´.
A palavra é meio divino para o encontro com todo o humano, e é sinal humano para acariciar e sonhar o divino. Na palavra podemos chegar a ser tudo o que somos, ou podemos nos evaporar como o alento. Benditas as palavras que estendem pontes, encurtam distâncias e entrelaçam vidas! “As palavras que vos falei são Espírito e são vida”(Jo 6,63)
A Palavra se fez carne. Jesus movia e comovia com suas palavras cheias de vida. A Palavra nos toca e reconforta. Em tempos de “sociedade líquida”, nossa palavra corre o perigo de se evaporar. A volatilidade das palavras desemboca na debilidade da comunicação e da relação. O evangelho diz, com palavras muito simples, as coisas mais importantes e profundas.
Que nossas palavras sejam sempre vivas, e a serviço da vida!