AMOR VIVIDO NA ALEGRIA... (cf. Pe. A. Palaoro SJ)

O Evangelho deste domingo é desenvolvimento do tema do domingo anterior, ou seja, a videira e os ramos. Jesus explica em quê consiste essa “conexão” com a Videira verdadeira. Apresentando sua união com o Pai, Jesus vai desvela a essência de sua mensagem. Ele nos coloca diante do Amor vivido na alegria.

Trata-se de entrar em sintonia com o modo de amar de Deus: amor descendente, sem fronteiras, oblativo e expansivo que se “revela mais em obras do que em palavras”(S. Inácio). Estamos envolvidos pelo Amor transbordante de Deus. Amor“que desce do alto” e Amor que flui para os outros; Amor que vem do outro e Amor que retorna à sua Fonte...

Mandamento novoem oposição ao antigo, ou seja, a Lei. Jesus não manda amar a Deus nem amar a Ele, mas amar como Ele ama. Não é lei que se impõe de fora; mas emana do coração alegre de Deus e de todos nós. Dinamismo expansivo que brota de dentro e nos impulsiona em direção ao outro, sem buscar recompensa.

O amor não se impõe por decreto. Descobrir o Deus que é amor. Nosso amor será “um amor que responde ao amor de Deus”. Qualquer relação com Deus sem um amor manifestado em obras, será pura idolatria. A nova comunidade não se caracterizará por doutrinas, nem ritos, nem normas morais. O único distintivo deve ser o amor manifestado.Jesus funda uma comunidade que experimenta Deus como amor.

Jesus não apresenta este mandato do amor como uma lei, mas como uma fonte de alegria. Quando falta amor, cria-se um vazio que nada nem ninguém pode preencher de alegria. A alegria é o sentimento central na experiência cristã da Páscoa. Nossa alegria é Cristo ressuscitado. A ressurreição de Jesus causou uma imensa alegria na comunidade dos seus discípulos. Alegria que ainda continua ecoando. Não estamos alegres só porque Jesus está vivo, mas porque nos fez partícipes de sua ressurreição, de sua nova vida.

A vida cristã é alegre. Toda ela é profecia de alegria e esperança. A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus.(Papa Francisco).

Essa alegria não é um simples sentimento passageiro; é um estado permanente de plenitude por ter encontrado nosso verdadeiro ser, luminoso e indestrutível. A alegria não é, pois, um estado de ânimo, mas um estado da pessoa.Se há um limite em nossa entrega, ainda não alcançamos o amor verdadeiro.

Os santos e santas foram testemunhas da alegria. Eles(elas) deixaram transparecer que o amor suscita alegria e esta dá energia e gera confiança. O amor nos faz sair de nós mesmos e entregar-nos aos demais.

Existe uma relação de reciprocidade entre a alegria e o amor. São como vasos comunicantes: a alegria brota do amor, o amor se expressa na alegria. A alegriado amor é a experiência da vida já ressuscitada

Mesmo em meio à dor e ao sofrimento, não devem faltar o bom humor e a ternura. Quem vive na alegria se sente livre, pensa positivamente, e está próximo dos pobres.
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