Clero casado?

Paulo VI, na introdução da “Sacerdotalis Caelibatus”, expõe algumas objeções contra o celibato sacerdotal, que não o convenceram a mudar esta lei eclesiástica, para fazê-la opcional. Contudo, outros tem opiniões mais teológicas e menos legalistas. Confira:

1. O NT não exige o celibato dos ministros e o propõe como especial vocação (cf. Mt 19, 11-12). Nem Jesus nem os apóstolos propuseram esta condição para a eleição dos doze nem para os responsáveis das primeiras comunidades cristãs. (cfr. 1 Tm 3, 2-5; Tt 1,5-6).

2. Os Padres da Igreja recomendam ao clero mais a abstinência no uso do matrimônio do que do celibato... Razões? Excessivo pessimismo sobre a condição humana e a necessidade da pureza ritual necessária no contato com as coisas sagradas... Argumentos hoje pouco convincentes.

3. Por que unir ministério sacerdotal com o dom do celibato?

4. A obrigatoriedade do celibato exclui muitos do ministério, influindo na escassez do clero.

5. Ser casado e também ordenado permitiria, aos ministros de Cristo, dar um testemunho mais completo de vida cristã, incluso no campo da família...

6. O sacerdote celibatário encontra-se numa situação física e psicológica estressante, forçado frequentemente à solidão e o desânimo.

Nenhuma destas razões fizeram mudar o pensamento do Papa Paulo VI, preferindo ficar mais na velha lei eclesiástica do que na lei do Evangelho.

A separação do ministério sacerdotal do celibato não é ir contra o celibato. Haverá sempre um clero casado (secular) e outro celibatário (religiosos). O ministério sacerdotal seria exercido por ambos cleros, como ocorre na Igreja católica de rito oriental.

Este é o primeiro passo, para depois chegar à ordenação ministerial das mulheres.

E você, o que pensa sobre esse tema?
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