Jesuítas portugueses em destaque...
Os Correios de Portugal acabam de lançar uma emissão filatélica dedicada aos «Jesuítas, construtores da globalização», com diversos selos.
A entrada da Companhia de Jesus em Portugal, 1540, foi um evento significativo. Em poucas décadas, uma rede de instituições de ensino secundário e universidades fecundou a cultura e a ciência. Os colégios portugueses dos Jesuítas, trinta antes da expulsão da Companhia pelo Marquês de Pombal, estavam distribuídos pelas mais importantes cidades do país, passando pelas ilhas e pelo mundo ultramarino português.
A Ordem de Santo Inácio exerceu uma forte influência na cultura e da sociedade portuguesas, formando figuras que deixaram obras relevantes em várias áreas. Destacamos cinco dessas figuras.
Mereceram esse destaque: São Francisco Xavier (1506-1552), o primeiro grande missionário do Oriente, muito venerado em Portugal, embora nascido em Navarra/Espanha. Xavier foi um líder que moveu atrás de si multidões. O grande “missionário da Índia” foi fundamental para implantar a evangelização na Ásia.
São João de Brito (1647-1693) foi, ainda no século XVII, um missionário mártir no subcontinente indiano. Existe hoje um Lisboa um colégio de referência com o seu nome.
No Brasil chegou, no século XVII o Pe. António Vieira (1608-1697), que, vivendo entre a selva e a corte, ergueu uma ponte entre as civilizações europeia e ameríndia. Tornou-se o grande missionário da América, um pregador exímio que fez transbordar auditórios e que deixou uma vasta obra de grande valor literário, com mais de 30 volumes. Fernando Pessoa o considerava o “Imperador da Língua Portuguesa”.
Nos tempos mais recentes cumpre destacar a figura do Pe. Manuel Antunes (1918-1985), diretor da Brotéria e professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, por cujas extraordinárias aulas passaram milhares de alunos. Considerado um dos maiores pensadores do século XX português, deixou uma obra imensa e variada reunida e publicada em 14 volumes.
Por último, recentemente falecido, Pe. Luís Archer (1926-2011), também diretor da Brotéria e professor da Universidade Nova de Lisboa é o nome maior da ciência nacional e pioneiro na investigação em Genética Molecular.