NASCIMENTO DE JESUS: Deus se deixa encontrar nas periferias... (cf. Pe. A. Palaoro SJ)
Ela o enfaixou e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria... (Lc 2,7)
Natal! Deus “se fez diferente” e vem ao encontro do ser humano como chance de intercâmbio criativo. Deixemo-nos surpreender pelo Deus da vida que rompe esquemas, crenças, legalismos, bolhas...
Deus se encarnou e nasceu pobremente, por isso já não há excluídos para Ele, ninguém fica fora d’Ele. E o lugar principal para a festa é ali onde Ele aparece:onde não há lugar, onde tudo parece esgotar-se e é condenado a crescer em meio às ameaças e às intempéries das situações humanas.
Jesus, em Belém, encontrou o seu lugar nas periferias. A periferia passa a ser terra privilegiada onde nasce o “novo”, por obra do Espírito. Jesus se fez presente no lugar onde se encontravam aqueles que não tinham “lugar”, os “deslocados”, os socialmente rejeitados e que foram a razão de seu amor e do seu cuidado; fez-se solidário com os “sem lugares” e os convidou a caminhar para um novo lugar.
A geografia de cada “lugar” revela lembranças, referências, ansiedades, medos, saudades... Cada “lugar” guarda histórias, presenças e tem força de memória. O “lugar geográfico” se confunde com o “lugar interior”. É no lugar geográfico que o lugar do coração encontra seu suporte e seu repouso. Quando dizemos: “não tenho lugar”, “tenho medo deste lugar”... queremos significar que o coração não encontrou no lugar geográfico o seu lugar próprio.
O Natal nos convida não só a imaginar, mas também visitar lugares e pessoas diferentes. Celebrar o Natal implica sair de nossa zona de conforto e ir ao encontro dos outros.
O mistério do Nascimento é profundamente “espacial”. A Gruta de Belém transforma o “caos” cotidiano em “cosmos” em lugares habitáveis e familiares. O caos traz consigo uma vivência humana desastrosa e desastrada.
Descer ao lugar da Gruta e encontrar uma Criança desperta em nós uma nova sensibilidade, uma nova disposição para dar sentido às pequenas coisas da vida e “ver” Aquele que ocupa todos os lugares.
São grandes os riscos de se viver em horizontes estreitos que aprisionam a solidariedade, e dá margem à indiferença, à insensibilidade, e à falta de compromisso com as mudanças.
O profeta Isaías recomenda ampliar o “lugar interior”: Alarga o espaço de tua tenda, estende sem medo tuas lonas, alonga tuas cordas, finca bem tuas estacas... (Is 54,2). Ampliar os espaços do coração: lugar familiar, celebrativo, social e de trabalho...
Precisamos levantar-nos cotidianamente de nossos “lugares”, pois há sempre um “lugar ferido” que nos espera, um “ambiente atrofiado” a ser curado, um “espaço” excluído a ser visitado...
FELIZ NATAL !
Natal! Deus “se fez diferente” e vem ao encontro do ser humano como chance de intercâmbio criativo. Deixemo-nos surpreender pelo Deus da vida que rompe esquemas, crenças, legalismos, bolhas...
Deus se encarnou e nasceu pobremente, por isso já não há excluídos para Ele, ninguém fica fora d’Ele. E o lugar principal para a festa é ali onde Ele aparece:onde não há lugar, onde tudo parece esgotar-se e é condenado a crescer em meio às ameaças e às intempéries das situações humanas.
Jesus, em Belém, encontrou o seu lugar nas periferias. A periferia passa a ser terra privilegiada onde nasce o “novo”, por obra do Espírito. Jesus se fez presente no lugar onde se encontravam aqueles que não tinham “lugar”, os “deslocados”, os socialmente rejeitados e que foram a razão de seu amor e do seu cuidado; fez-se solidário com os “sem lugares” e os convidou a caminhar para um novo lugar.
A geografia de cada “lugar” revela lembranças, referências, ansiedades, medos, saudades... Cada “lugar” guarda histórias, presenças e tem força de memória. O “lugar geográfico” se confunde com o “lugar interior”. É no lugar geográfico que o lugar do coração encontra seu suporte e seu repouso. Quando dizemos: “não tenho lugar”, “tenho medo deste lugar”... queremos significar que o coração não encontrou no lugar geográfico o seu lugar próprio.
O Natal nos convida não só a imaginar, mas também visitar lugares e pessoas diferentes. Celebrar o Natal implica sair de nossa zona de conforto e ir ao encontro dos outros.
O mistério do Nascimento é profundamente “espacial”. A Gruta de Belém transforma o “caos” cotidiano em “cosmos” em lugares habitáveis e familiares. O caos traz consigo uma vivência humana desastrosa e desastrada.
Descer ao lugar da Gruta e encontrar uma Criança desperta em nós uma nova sensibilidade, uma nova disposição para dar sentido às pequenas coisas da vida e “ver” Aquele que ocupa todos os lugares.
São grandes os riscos de se viver em horizontes estreitos que aprisionam a solidariedade, e dá margem à indiferença, à insensibilidade, e à falta de compromisso com as mudanças.
O profeta Isaías recomenda ampliar o “lugar interior”: Alarga o espaço de tua tenda, estende sem medo tuas lonas, alonga tuas cordas, finca bem tuas estacas... (Is 54,2). Ampliar os espaços do coração: lugar familiar, celebrativo, social e de trabalho...
Precisamos levantar-nos cotidianamente de nossos “lugares”, pois há sempre um “lugar ferido” que nos espera, um “ambiente atrofiado” a ser curado, um “espaço” excluído a ser visitado...
FELIZ NATAL !