Pós-Sínodo: Segunda fase do Pontificado de Francisco...

A segunda fase do Sínodo revelou a situação dicotômica da Igreja. Os "pastores" gostam mais das salas dos palacetes do que das vielas das periferias. Estamos muito longe da vida e dos problemas do nosso povo!

No Sínodo finalizado, houve diversas tentativas de enfraquecer o Papa Francisco e de bloquear seus esforços reformadores. Os Padres Sinodais tentaram, de algum modo, medir seu poder com o do Pontífice. Não o conseguiram.

Neste momento, o Papa Francisco sabe muito bem quem estava contra Bento XVI e agora contra ele. Esse grupo quer o poder clerical, e domina a Congregação para a Doutrina da Fé.

O relatório introdutório do cardeal húngaro Péter Erdö (*1952) não pressagiava nada de bom.

Todos sabem que a relação final do Sínodo foi medíocre. Tanto tempo e trabalho para muito pouco!Parturiunt montes, nascetur ridiculus mus! (As montanhas deram a luz um ridículo ratinho!). Continuamente surgem fatos estranhos e escandalosos vindos das entranhas do Vaticano: “Saída pública do armário” de Mons. Charamsa, cartas secretas, no plural (Nós apenas tivemos conhecimento de uma...) sobre a saúde “mental” do Santo Padre, documentos sigilosos publicados em livros(Avareza, Via Sacra...), e por último a tentativa de colocar Bento XVI contra Francisco. Pessoas muito mal intencionadas os geram e publicam. Agora entendemos por que o Santo Padre ficou na residência Santa Marta e mudou ultimamente o seu médico de cabeceira...

Começa, agora, o segundo tempo deste pontificado. Os naipes estão sobre a mesa, e o Papa não tem muito tempo para realizar o que precisa ser feito. A "exortação apostólica", que geralmente segue ao Sínodo, conterá os passos que todos esperamos? Até agora Francisco caminhou com os bispos, mas neste segundo tempo os bispos terão que apertar o passo para caminhar com Francisco, "sub Petro".

O nível teológico do Sínodo foi decepcionante. Os bispos ficaram no catecismo, quando o povo de Deus aguardava novos passos baseados no Evangelho da misericórdia. A unidade da Igreja se baseia na mesma fé e na diversidade cultural e litúrgica.

O Jubileu da Misericórdia (8/DEZ/2015-20/NOV/2016) será um tempo bom para as grandes mudanças eclesiais que todos esperamos.

E você o que pensa?
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