A pornografia vicia?
Algumas pessoas passam horas a fio "vendo" pornografia e outros, em número bem menor, "fazendo-a". Se na madrugada ainda estás olhando essas coisas, provavelmente és viciado.
A internet facilitou os devaneios dos desejos íntimos e escondidos, e nela encontraram uma via aberta de expressão. E o melhor de tudo: ninguém precisa ficar sabendo! Estima-se que 70% do público dos sites adultos é masculino e 30% feminino.
Quando um vídeo proporciona prazer, esse prazer leva você a buscar outro vídeo. Cada novo clique é um estímulo para o centro de recompensa, que se torna insaciável, dependente dessa anestesia sexual constante.
Há uma adição e dependência sexual, como no mundo das drogas. Quando manipulamos os outros, conforme os nossos impulsos e desejos, provavelmente estamos vivenciando uma neurose. A mesma coisa na internet.
Livrar-se das dependências, “afetos desordenados”, dizia Inácio de Loyola, não é fácil. Há pessoas que lutam anos e anos, e outros a vida toda. Pornografia e masturbação caminham juntos.
A dependência da pornografia não é uma desordem catalogada no Manual de Diagnóstico de Transtornos Mentais. Contudo, alguns entendidos dizem que o cérebro do viciado em pornografia funciona de modo semelhante ao do drogadicto: limitada e obsessivamente.
Muitos entram nesta adição de jovens: "O pornô é interessante, mas não se compara com a coisa verdadeira", dizem alguns, mas quem está preso pela pornografia provavelmente dirá: "O sexo é interessante, mas não se compara com a pornografia!". A pessoa foi sugada pela sua imaginação selvagem.
Como no campo das drogas, o melhor é não entrar nessa neurose, mas se alguém o faz e persiste saiba que há grupos de apoio para os seus usuários compulsivos.
Você sabe como sair dessa compulsão?