Brasil: también cifras religiosas a la baja... En el país católico mayor del mundo [pt+es+En]
El número de personas que se declaran "sin religión" ha aumentado sustancialmente desde 1940. El número ha pasado de un 0,2%, a más del 8%.
Entre los jóvenes de 16 a 24 años, el porcentaje llega al 25% a nivel nacional, y al 30% en los estados de Río de Janeiro y São Paulo.
En resumen, el aumento del número de personas que se declaran "sin religión" es un fenómeno mundial y Brasil no queda al margen de este movimiento
En resumen, el aumento del número de personas que se declaran "sin religión" es un fenómeno mundial y Brasil no queda al margen de este movimiento
English below. En castellano, más abajo
Na perspectiva que estivemos curtindo nos estudos anteriores sobre a situação da religiosidade em outros países da região ocidental, hoje vai ser o professor Eugênio DANIEL, Coordenador de Ação Comunitária e Pastoral, e Coordenador do curso de Teologia digital no Claretiano - Rede de Educação, das Faculdades Claretianas de Brasil, que vai nos informar sobre a situação da religiosidade e da irreligiosidade nesse país, que não é só ‘um’ país, mas ‘a metade do Continente Latino-americano’. A palavra com ele.
«« Quando o assunto é religião, o Brasil é considerado um país de maioria cristã, onde a cultura e a fé estão intimamente ligadas. O sociólogo da religião e professor da Universidade de São Paulo, Ricardo Mariano, ressalta que essa situação acontece porque a crença em Deus e a espiritualidade estão profundamente intricadas na nossa cultura, mesmo entre quem não tem compromisso com nenhuma religião específica.
O Instituto Ipsos produziu a pesquisa Global Religion 2023, e aponta que quase nove em cada dez brasileiros dizem acreditar em Deus. Mas, essa pesquisa apontou que há um percentual considerável de brasileiros afirmando que não acredita em Deus ou em um poder maior. (publicado por Antônio Luiz Moreira Bezerra, pela Assembleia Legislativa do Estado do Piaui, em 27/05/2023).
Helio Gastaldi, diretor do mesmo Instituto, afirma que “são dados que estão de acordo com nosso histórico de um país onde a religião e a religiosidade têm uma predominância tanto na cultura e na vida cotidiana quanto nas esferas de poder”.
Está mais do que confirmado que acreditar em Deus não significa, necessariamente, frequentar uma religião instituída, pois a mesma pesquisa aponta que: “Enquanto 89% dos entrevistados no país disseram crer em Deus ou um poder superior, só 76% afirmaram seguir uma religião”. Dos entrevistados, 22% disseram não ter uma religião, sendo 16% ateus e 6% agnósticos.”
Gastaldi aponta que a pesquisa do Instituto de Pesquisa Datafolha, realizada em 2022, mostra que o número de pessoas sem religião no Brasil tem aumentado, pois revelou que 14% são sem religião, isso se refere à população em geral. Mas, entre os jovens, 34% são sem religião. Percebe-se que o Brasil acompanha, mesmo timidamente, a tendência global de aumento de pessoas que não tem religião.
É importante constatar que o Brasil fez o censo populacional em 2022, mas esses dados ainda não foram divulgados. É provável que esse número tenha aumentado.
Mas, na pesquisa da Datafolha, a mesma que fora realizada no ano de 2022, percebe-se que o grupo de jovens entre 16 e 24 anos, que se auto definem “sem religião”, já supera católicos e evangélicos entre essa população. No Censo realizado em 2010, as pessoas que se auto denominavam sem religião dentre a população brasileira eram 8%, ou seja, por volta de 15 milhões de pessoas. Mas esse percentual vem crescendo. Os dados a seguir revelam mais claramente esse aumento: em 1960 eram 0,5% da população brasileira. Em 1980 eram 1,6%, em 1991 eram 4,8 e no ano 2000 eram 7,3%.
A pesquisa Datafolha de 2022 mostra que, em nível nacional, 49% dos entrevistados se dizem católicos, 26% se dizem evangélicos e 14% sem religião. É fácil constatar que o número aumentou significativamente. No entanto, essa mesma pesquisa, constata que entre os jovens de 16 a 24 anos o percentual dos sem religião chega a 25% no nível nacional. Porém, se fixarmos a atenção somente nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, esse percentual chega em torno de 30% entre os jovens na mesma faixa etária.
"A maior parcela dos sem religião tem a ver com uma desinstitucionalização, o que quer dizer que o sujeito está se afastando das instituições religiosas, mas ele pode ter uma visão de mundo e até mesmo práticas pessoais informadas por crenças religiosas", explica Silvia Fernandes, cientista social e professora da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro).
Anderson Nunes de Carvalho Vieira, da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT publicou na Revista de Cultura Teológica: “No Brasil, de acordo com o levantamento do Censo Demográfico realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas que estão se declarando sem religião tem aumentado substancialmente desde 1940. Os números saltaram de meros 0,2% para mais de 8% da população pesquisada em um período de 70 anos”.
Constata-se, no Brasil, que o crescimento dos que se declaram “sem religião” tende a aumentar, pois percebe-se que há uma crescente indiferença religiosa e, ao mesmo tempo, há um trânsito elevado de fiéis entre as diversas religiões.
Enfim, a constatação de aumento no número de pessoas que se declaram “sem religião” é um fenômeno mundial e o Brasil não poderia ficar fora do movimento apresentado mundo afora, principalmente, quando se percebe que o número dos “sem religião” é maior entre os jovens na faixa de 16 a 24 anos. Esses mesmos jovens, dentro de poucos anos, serão adultos e levarão a mesma impressão para seus filhos. »»
In English, below. En castellano:
Desde la perspectiva de la que venimos disfrutando en estudios anteriores sobre la situación de la religiosidad en otros países de la región occidental, hoy será el profesor Eugênio DANIEL, Coordinador de Acción Comunitaria y Pastoral, y Coordinador del curso de Teología digital, en la Red de Educación de las Facultades Claretianas de Brasil, quien nos hable de la situación de la religiosidad y de la irreligiosidad en este país, que no es sólo "un" país, sino "la mitad del continente latinoamericano"... Queda la palabra con él.
«« "Brasil es considerado un país de mayoría cristiana, en el que la cultura y la fe están estrechamente vinculadas". El sociólogo de la religión y profesor de la Universidad de São Paulo, Ricardo Mariano, subraya que esto se debe a que la creencia en Dios y la espiritualidad están profundamente imbricadas en nuestra cultura, incluso entre quienes no están comprometidos con ninguna religión concreta.
El Instituto Ipsos elaboró la encuesta Global Religion 2023, que muestra que casi nueve de cada diez brasileños afirman creer en Dios. Sin embargo, esta encuesta mostró que hay un porcentaje considerable de brasileños que dicen no creer en Dios o en un poder superior (publicado por Antônio Luiz Moreira Bezerra, para la Asamblea Legislativa del Estado de Piaui, el 27/05/2023).
Helio Gastaldi, director del mismo instituto, afirma que "estas cifras están en consonancia con nuestra historia como país, en la que la religión y la religiosidad predominan, tanto en la cultura y la vida cotidiana como en las esferas de poder".
Está más que confirmado que creer en Dios no significa necesariamente asistir a una religión establecida, ya que la misma encuesta señala que: "Aunque el 89% de los entrevistados en el país dijo creer en Dios o en un poder superior, sólo el 76% dijo seguir una religión". De los entrevistados, el 22% dijo no tener religión, el 16% era ateo y el 6% agnóstico".
Gastaldi señala que una encuesta del Instituto de Investigación Datafolha, realizada en 2022, muestra que el número de personas sin religión en Brasil ha aumentado, ya que reveló que el 14% no tiene religión, lo que se refiere a la población en general. Pero entre los jóvenes, el 34% no tiene religión. Se observa que Brasil, aunque tímidamente, sigue la tendencia mundial de aumento del número de personas que no tienen religión.
Es importante señalar que Brasil realizó un censo de población en 2022, pero los datos aún no se han publicado. Es probable que estos números hayan aumentado.
Pero en la encuesta Datafolha, la misma que se realizó en 2022, se puede ver que el grupo de jóvenes entre 16 y 24 años que se definen como "sin religión" ya supera a los católicos y evangélicos entre esa faja de población. En el Censo de 2010, el 8% de la población brasileña se describía como sin religión, o sea, cerca de 15 millones de personas. Pero este porcentaje ha venido creciendo. Las siguientes cifras revelan más claramente este aumento:
en 1960 eran el 0,5% de la población brasileña,
en 1980 eran el 1,6%,
en 1991 el 4,8%
y en 2000 el 7,3%.
La encuesta Datafolha 2022 muestra que, a nivel nacional, el 49% de los entrevistados se declara católico, el 26% evangélico y el 14% no tiene religión. Es fácil ver que el número ha aumentado significativamente. Sin embargo, según la misma encuesta, entre los jóvenes de 16 a 24 años, el porcentaje de los que no tienen religión llega al 25% a nivel nacional. Sin embargo, si nos centramos sólo en los estados de Río de Janeiro y São Paulo, este porcentaje ronda el 30%, entre los jóvenes de esa misma faja de edad.
"La mayor proporción de personas sin religión tiene que ver con la desinstitucionalización, lo que significa que el individuo se aleja de las instituciones religiosas, pero puede tener una visión del mundo e incluso prácticas personales informadas por creencias religiosas", explica Silvia Fernandes, científica social y profesora de la UFRRJ (Universidad Federal Rural de Rio de Janeiro).
Anderson Nunes de Carvalho Vieira, de la Universidad Federal de Mato Grosso (UFMT) publicó en la Revista de Cultura Teológica: "En Brasil, según la encuesta del Censo Demográfico realizada en 2010 por el Instituto Brasileño de Geografía y Estadística (el IBGE, el gran gigante de las estadísticas oficiales), el número de personas que se declaran "sin religión" ha aumentado sustancialmente desde 1940. El número ha pasado de apenas un 0,2%, a más del 8% de la población encuestada, en un período de 70 años".
En Brasil, el crecimiento del número de personas que se declaran "sin religión" tiende a aumentar, ya que se observa una creciente indiferencia religiosa y, al mismo tiempo, un elevado número de creyentes que se transitan entre diferentes religiones.
En resumen, el aumento del número de personas que se declaran "sin religión" es un fenómeno mundial y Brasil no queda al margen de este movimiento, especialmente cuando nos damos cuenta de que el número de "sin religión" es mayor entre los jóvenes de 16 a 24 años. Dentro de unos años, estos mismos jóvenes serán adultos y transmitirán la misma impresión a sus hijos. »»
In English:
From the perspective that we have been enjoying in previous studies on the situation of religiosity in other countries of the Western region, today it will be Professor Eugênio DANIEL, Coordinator of Community and Pastoral Action, and Coordinator of the course of Digital Theology, in the Education Network of the Claretian Faculties of Brazil, who will speak to us about the situation of religiosity and irreligiosity in this country, which is not only "a" country, but "half of the Latin American continent"... The word remains with him.
«« Brazil is considered a country with a Christian majority, in which culture and faith are closely linked". The sociologist of religion and professor at the University of São Paulo, Ricardo Mariano, stresses that this is because belief in God and spirituality are deeply imbricated in our culture, even among those who are not committed to any particular religion.
The Ipsos Institute elaborated the ‘Global Religion 2023’ survey, which shows that almost nine out of ten Brazilians claim to believe in God. However, this survey showed that there is a considerable percentage of Brazilians who say they do not believe in God or in a higher power (published by Antônio Luiz Moreira Bezerra, for the Legislative Assembly of the State of Piaui, on 27/05/2023).
Helio Gastaldi, director of the same institute, states that "these figures are in line with our history as a country, in which religion and religiosity predominate, both in culture and daily life as well as in the spheres of power".
It is more than confirmed that believing in God does not necessarily mean attending an established religion, as the same survey points out that: "Although 89% of those interviewed in the country said they believed in God or in a higher power, only 76% said they followed a religion". Of those interviewed, 22% said they had no religion, 16% were atheist and 6% agnostic."
Gastaldi points out that a survey by the Datafolha Research Institute, conducted in 2022, shows that the number of people with no religion in Brazil has increased, as it revealed that 14% have no religion, which refers to the general population. But among young people, 34% have no religion. It is observed that Brazil, although timidly, follows the world trend of increasing the number of people who have no religion.
It is important to note that Brazil conducted a population census in 2022, but the data have not yet been published. It is likely that these numbers have increased.
But in the Datafolha survey, the same survey conducted in 2022, it can be seen that the group of young people between 16 and 24 years of age who define themselves as "without religion" already surpasses Catholics and Evangelicals among this segment of the population. In the 2010 Census, 8% of the Brazilian population described themselves as having no religion, or about 15 million people. But this percentage has been growing. The following figures reveal this increase more clearly:
in 1960 they were 0.5% of the Brazilian population,
in 1980 they were 1.6%,
in 1991, 4.8%, and in 2000, 7.3%.
4.8% in 1991 and 7.3% in 2000.
The Datafolha 2022 survey shows that, nationally, 49% of those interviewed declare themselves Catholic, 26% Evangelical and 14% have no religion. It is easy to see that the number has increased significantly. However, according to the same survey, among 16-24 year olds, the percentage of those with no religion reaches 25% at the national level. However, if we focus only on the states of Rio de Janeiro and São Paulo, this percentage is around 30%, among young people in that same age bracket.
"The higher proportion of people without religion has to do with deinstitutionalization, which means that the individual moves away from religious institutions, but may have a worldview and even personal practices informed by religious beliefs," explains Silvia Fernandes, a social scientist and professor at UFRRJ (Federal Rural University of Rio de Janeiro).
Anderson Nunes de Carvalho Vieira, from the Federal University of Mato Grosso (UFMT) published in the Journal of Theological Culture: "In Brazil, according to the Demographic Census survey conducted in 2010 by the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE, the great giant of official statistics), the number of people who declare themselves "without religion" has increased substantially since 1940. The number has gone from a mere 0.2% to more than 8% of the surveyed population in a period of 70 years".
In Brazil, the growth in the number of people declaring themselves to be "without religion" tends to increase, since there is a growing religious indifference and, at the same time, a high number of believers who move between different religions.
In short, the increase in the number of people declaring themselves "without religion" is a worldwide phenomenon and Brazil is not left out of this movement, especially when we realize that the number of "without religion" is higher among young people between 16 and 24 years of age. In a few years, these same young people will be adults and will transmit the same impression to their children.
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